Muitas vezes as entidades públicas, assim como organizações privadas, quando pensam em montar um espaço de coworking, um coliving ou até mesmo a dinamizar o seu território, dedicam-se primeiro ao que é mais visível: instalações, mobiliário, computadores e até campanhas de marketing e relações públicas nos meios de comunicação.

Tudo isso é muito importante, mas sem uma peça fundamental, essa engrenagem não funciona: o gestor de comunidade.

Enquanto estava a pensar na produção desse artigo, foi inevitável não pensar em algumas pessoas que representam a figura desse profissional imprescindível em qualquer comunidade. Da esquerda para a direita, na foto de capa deste artigo estão: João Almeida, Patrícia Labandeiro, Maria do Céu e Rui Santos. Este texto foi, de certa forma, inspirado neles.  

Mas antes disso gostava de lhe apresentar o Brad Feld: especialista em gestão de comunidades e escritor do livro que é referência no assunto em todo o mundo – Startup communities – ele, um dia disse: “O primeiro passo para criar uma comunidade de startups bem-sucedida é começar com pessoas, não com dinheiro ou recursos.”

Eu concordo com o Brad, mas e tu, o que achas disso ?

Podemos pensar da seguinte maneira: A comunidade como um jardim e o gerente da comunidade, um jardineiro. O trabalho do jardineiro é cuidar do jardim, nutri-lo e garantir que ele prospere. Eles regam as plantas, arrancam as ervas daninhas e garantem que tudo esteja crescendo harmoniosamente.

Inclusive, alguns gestores de comunidade podem também ser jardineiros, como é o caso da nossa gestora de comunidade Rural Move e entusiasta da agricultura sustentável, Maria do Céu.

Gondoriz, Arcos de Valdevez

Uma vez, conversando com a Maria do Céu, ela contou-me uma citação que tirou de um livro que estava a ler, o ‘The Art of Coliving’.

“Coliving é uma resposta à necessidade de comunidade em um mundo
em rápida mudança.”

E é verdade. Nós nunca estivemos tão interessados pelo tema comunidade. As zonas rurais, os municípios, as empresas e até o LinkedIn Learning já percebeu isso.

Com mais de 230 resultados nas buscas por cursos em community management, não resta dúvidas a relevância dessa profissão.

Outra pessoa que me inspira muito é a Andrea Barbosa, que disse:

“O gestor de comunidade é quem faz a ponte entre as partes interessadas”
Andrea Barbosa 

A Andrea Barbosa é a gestora de comunidade da Rural Move para a cidade de Miranda do Douro. Em sua participação no painel sobre trabalho remoto na cidade de Nelas, no dia 11 de Fevereiro deste ano (2023), foi assertiva ao falar da importância desse profissional que torna a comunidade mais viva, que realmente constrói pontes entre as pessoas e enriquece a experiência em comunidade.

Você pode conhecer um pouco mais do trabalho da Andrea ao ler este artigo.

 

Assim como a Maria do Céu e a Andrea Barbosa, hoje a Rural Move conta com gestores de comunidade em mais de 30 territórios em Portugal.

Temos a Patrícia Labandeiro em Vila Praia de Âncora, o Rui Santos, nosso super embaixador de Mação, no centro do país, entre muitos outros, e o João Almeida, presidente da Rural Move, e o coordenador de toda a comunidade. 

Inclusive, se quiser ir mais a fundo na história de um dos nossos gestores de comunidade, nesta conversa o Rui me contou como foi sua mudança de Berlim, Alemanha para Mação, falamos sobre o slow living, do qual é entusiasta, e da vida no meio rural em Portugal.

Eles são apenas alguns exemplos entre muitos outros “jardineiros” que cuidam do seu Jardim: a Rural Move e a comunidade onde vivem.

Mas de que forma um gestor de comunidade pode ser útil? Quais são esses superpoderes que este profissional possui? Por que hoje em dia se fala tanto nesse assunto?

Um gestor de comunidade pode transformar um coworking, coliving ou uma comunidade rural de várias maneiras.

Abaixo listo 5 funções estratégicas do gestor de comunidade:

  1. Fomentar o engajamento da comunidade: Um gestor de comunidade pode trabalhar ativamente para envolver os membros da comunidade em atividades, eventos e projetos, criando um sentido de pertença e colaboração entre eles.
  2. Aumentar a permanência de membros: Um gestor de comunidade pode ajudar a criar um ambiente acolhedor e amigável, oferecendo suporte e recursos para os membros, o que pode levar a uma maior satisfação e retenção de membros.
  3. Melhorar a experiência do utilizador: Um gestor de comunidade pode trabalhar para melhorar a qualidade dos serviços e recursos oferecidos aos membros, garantindo que as necessidades e expectativas deles sejam atendidas.
  4. Promover a colaboração: Um gestor de comunidade pode incentivar e facilitar a colaboração entre membros da comunidade, estimulando a criação de projetos conjuntos e a troca de conhecimento e experiência.
  5. Criar uma cultura de comunidade: Um gestor de comunidade pode ajudar a desenvolver uma cultura de comunidade positiva e vibrante, na qual os membros se sintam conectados e engajados uns com os outros e com a comunidade como um todo.

Não ter um gestor de comunidade é como navegar num navio sem um capitão. Sem alguém no leme para orientar a direção e coordenar as ações da equipa, o navio fica à deriva, sem rumo certo. Da mesma forma, sem um gestor de comunidade, uma comunidade pode perder o foco, a coesão e a direção, resultando em membros isolados e pouco engajados, falta de colaboração e de apoio mútuo, e baixa qualidade de serviços e recursos oferecidos. Ter um gestor de comunidade é como ter um capitão experiente que sabe como manter o navio na rota correta, inspirar a tripulação e garantir que todos cheguem em segurança ao destino desejado.

Se este artigo te inspirou a tornar-se um agente multiplicador da experiência Rural Move no teu território, ou simplesmente a conhecer melhor o nosso trabalho, basta clicar aqui.

Até o próximo artigo!

Sou Sávio Meireles, copywriter e consultor em Storytelling estratégico. Ajudo marcas com propósito e comunidades a construírem uma comunicação mais genuína e efetiva com seus públicos

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